terça-feira, 17 de maio de 2011

Trabalhador pretende voltar ao Japão após terremoto para ganhar a vida

                                                       Kenio Ueno no Golden Week..In Kakegawa Birds Park
                                          
No dia 11 de março de 2011, o mundo presenciou um dos maiores abalos sísmicos já registrados na história. O terremoto de magnitude 8,9 e fortes ondas de tsunami devastaram cidades, ilhas, destruíram prédios, portos e deixaram um rastro de mortos e feridos.
De acordo com o embaixador do Brasil no Japão, Marcos Galvão, houve 254 mil brasileiros no país na hora do ocorrido.
Kenio Ueno, 24, campo-grandense, já foi ao Japão cinco vezes, sua última ida foi marcada por tal tsunami. Ueno recebeu uma proposta para trabalhar na Sony e sem pensar duas vezes embarcou rumo ao Japão no dia 18 de março de 2010. Devido a uma crise interna, Ueno parou de trabalhar na Sony e foi para Shizuoka – Kee para trabalhar em uma montadora da Suzuki. Após dois meses de trabalho sentiram um leve tremor na fábrica, Ueno diz que tremores são normais na região e não deram importância, poucos minutos depois a linha de montagem parou e veio um tremor mais forte fazendo a fábrica parar e fechar as portas. Na volta para casa, Ueno viu uma parte da cidade destruída e logo ficou sabendo da dimensão que a catástrofe natural havia causando pelo país. Ao chegar em casa, foi correndo para o computador para deixar um recado para sua mãe que está no Brasil.
Luzia Ueno, 46, mãe de Kenio, conta que o recado chegou às 3h da manhã aqui, em seguida ligou a televisão e o desespero tomou conta de si. Embora soubesse que seu filho estivesse bem, sabia que ele morava perto do mar e próximo a usinas. A mãe pedia constantemente para ele voltar para o Brasil.
Após três semanas Kenio conseguiu um vôo para Campo Grande, chegando aqui dia 31 de março de 2011.
Kenio diz que quer voltar para o Japão dentro de quatro meses, provavelmente os portos já estarão funcionando normalmente e as peças de montagem chegarão à fábrica da Suzuki. “Quero voltar para o Japão para fazer algum curso, voltar a trabalhar na montadora e juntar dinheiro para voltar para o Brasil e montar uma academia”, diz Kenio, “no Japão é assim, você consegue o que quer, é um bom lugar para ganhar dinheiro. Mas não quero morar lá para sempre, pretendo voltar para o Brasil assim que conseguir uma boa quantia” finaliza Kenio.



                                                                                                        (g1)



BarFly comemorou 11 anos com doze horas de puro rock n’ roll

Foram mais de 12 horas de puro rock n’roll, dividas em duas noites, para comemorar o aniversário do BarFly. O bar completa 11 anos com trajetória marcada por shows que aquecem a cena alternativa de Campo Grande. Para comemorar o aniversário, apenas músicos da Capital com produção autoral e covers de rock, blues e derivados, além de estreia de banda.

Na sexta-feira 13, a casa de shows contou com a participação da banda de blues Bêbados Habilidosos com suas músicas originais e alguns covers de clássicos como Elvis Presley, a banda Stone Crow fez um show eletrizante revisitando bandas como Metallica e Led Zeppelin e o BarFly fez o lançamento da banda War Machine/Kiss Tributo, formada por Rodrigo Tozzette (O Bando do Velho Jack), Guilherme Cruz (Filho dos Livres), Roger Simmons (Neptuno) e Emerson Cambará (Cassino Boogie).

No sábado, dia 14, a festa seguiu com O Bando do Velho Jack, cujo repertório está calcado nos clássicos do rock e composições bastante conhecidas pelo público, a Rockfeller, com influências de metal a clássicos como Pink Floyd e The Clash e para encerrar essa maratona de comemoração, a banda Beatles Maníacos subiu ao palco para os apreciadores daquela que foi uma das bandas mais famosas do mundo.

A acadêmica de Jornalismo, Wendy Tonhati, 21, foi na noite de sábado e disse ter gostado muito do show, “gostei mais do show do Bando, pois há tempos não os via tocar”, complementa Tonhati.  Sobre os 11 anos do BarFly ela diz ser um local importante para os amantes do rock, pois é a casa mais antiga de Campo Grande onde tal ritmo prevalece.

O nosso George Harrison de Campo Grande, Eloy Paulucci, guitarrista da banda Beatles Maníacos, diz que tocamos do BarFly há oito anos e sempre é uma aventura, pois nunca tem certeza da hora em que o show irá começar, mas mesmo assim o público é sempre bem receptivo com a banda, é difícil parar de tocar e ficam até devendo pedidos de músicas. “Com todos os altos e baixos, o BarFly está aí, sobrevivendo numa terra de sertanejos sem nunca ter apelado pra outros estilos de música, que não fosse o rock e o blues, apesar de faltar alguns cuidados básicos, o ambiente é agradável, principalmente depois da proibição do cigarro lá dentro. Acho que é um espaço que merecia mais cuidados, ao mesmo tempo parece que o público gosta desse estilo meio largadão, underground, é o charme do bar”, acrescenta Paulucci.

Campanha do Desarmamento gera polêmica entre a população



Na sexta-feira de 9 de maio de 2011, foi lançada a Campanha do Desarmamento vem com o tema “Tire uma Arma do Futuro do Brasil”, tem por objetivo recolher armas de qualquer calibre, registradas ou não, de cidadãos que tenham armas guardadas em casa. A questão do desarmamento gera polêmicas entre grupos de apoio ao desarmamento e grupos a favor do armamento.

O acadêmico de Direito, Roger Ávila, é a favor em todos os aspectos quando o assunto é manter uma arma de fogo em casa. Ávila tem como princípio que deve-se desarmar o bandido e o cidadão de bem, “ter uma arma em casa é seguro em caso de emergência, mas o dono do objeto deve saber quando usá-la e se responsabilizar pela arma, guardando-a a sete chaves”, finaliza Ávila.

Leandro Caminha, acadêmico da FES, é a favor do desarmamento e para ele nem deveria existir essa questão. De acordo com Caminha, a cada dia há pessoas morrendo dentro de suas próprias residências, pelo porte ilegal de arma. Para Andersem Oliveira, funcionário responsável pela Xérox na FES, a lei simplesmente existe, mas não há fiscalização em todos os lugares, como nos grandes centros e perfiferias. Oliveira é a favor do desarmamento, embora diga que não saiba usar uma arma e não tem vontade de aprender, pensa que as pessoas que possuem esse artigo sentem-se mais valentes que asdemais que não possuem e também as utilizam de modo indevido.

O funcionário da cantina da FES, Edivaldo Boszczowski, é a favor da Lei do Desarmamento. De acordo com Boszczowski o armamento contribui para quadros de violências domésticas e no trânsito. “Temos a dificuldade geográfica como também o efetivo da polícia que é pequeno e dificuldades financeiras e má vontade para fazer acontecer, no interior principalmente, em Porto Murtinho, Nioaque, Bandeirantes e Ribas do Rio Pardo não há delegacia decente”, diz o funcionário. “Arma é associada ao crime”, finaliza Boszczowski.

Segundo o ministro da justiça, José Eduardo Cardoso, essa iniciativa têm um impacto direto na redução da criminalidade no País. “Dados oficiais indicam que do total de homicídios por ano no país 80% são cometidos com armas compradas legalmente”, afirma Cardoso.

O deputado federal Jair Bolsonaro diz que o problema é que para reduzir a criminalidade é necessário desarmar os bandidos, que possuem um grande acervo de armamento clandestino e de grosso calibre que são responsáveis pela maioria das mortes do país e que movimenta o tráfico de armas. “ Em vez disso, o Governo Federal investe para desarmar o cidadão que tenta se proteger de assaltos e assassinatos. O direito do cidadão brasileiro manter uma arma em sua casa para se defender já foi alvo de plebiscito no país”, afirma Bolsonaro.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

A montanha dos muitos abutres



"Se não houver notícias, vou lá fora e mordo um cachorro." Frase citada por Kirk Douglas no filme dirigido por Billy Wilder, Ace in the Hole, nos deixa uma reflexão sobre até que ponto um repórter iria por uma notícia.
Notícia, circo, show. Até que ponto vai a ética jornalística quando o principal pensamento é vender notícia e entrar para a história?
O filme americano, produzido em 1951, é extremamente atual. Quando acompanhamos a saga do repórter Charles Tatum que afirma que matéria jornalística é algo grandioso, é um show com longas suítes, e se algo grandioso não acontecer e as notícias forem as rotineiras, vá buscar um gancho e manipule a situação para atrair multidões, todos os jornais e para tornar-se um herói. Com esse pensamento, o protagonista mostra como o sensacionalismo pode ser feito e como o jornalista pode perder o controle da situação criada pelo mesmo.
Quando ligamos nossa televisão em pleno século XXI e deparamos com a “imprensa marrom” dominando os canais televisivos, vibramos, ficamos alucinados acompanhando todo aquele show que nos enche os olhos e nos faz viver um conto de fadas, uma novela, algo digno de Hollywood – o fato inusitado, o escândalo que acontece na vida real com pessoas reais.
Umas guerras de emissoras de televisão as fizeram explorar uma chacina cometida em uma escola em Realengo – RJ há menos de um mês, era uma competição de quem mostrava mais imagens de crianças sangrando, de corpos, de familiares desesperados, quem traçava o melhor perfil psicológico do assassino, foi um verdadeiro show, digno de aplausos. Outro caso foi o da Guerra Urbana que teve início na última semana de novembro de 2010, uma emissora cobriu por 24h o caso ao vivo, foi tanto escarcéu que a transmissão atrapalhou a operação dos policiais facilitando a fuga dos bandidos que acompanhavam a cobertura a ser televisionada.
O papel do jornalista é informar, é ir para a mesa escrever o acontecimento, ser imparcial (o que não aconteceu no caso Isabela Nardoni, a mídia acusou Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá, sem ter provas, fazendo assim a população se revoltar contra o casal), ir atrás da verdade, independente se há um governo pressionando por trás ou se tal cobertura simples – não simplória – não rende a fama necessária para seus mil dólares. Antes de tudo, o jornalista deve ser jornalista, e manter seu foco em tal ética e não vender a alta por qualquer luz de ribalta e entrar em um beco sem volta e nem saída.